Polícia prende nutricionista por ataque homofóbico a assessor do GDF em bar na Asa Norte

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Fonte: Carlos Carone, Mirelle Pinheiro/Metrópoles

Um ataque homofóbico cometido contra um assessor da Secretaria de Relações Institucionais do Governo do Distrito Federal (GDF) terminou com a prisão em flagrante de um homem, de 38 anos, na noite de sábado (7/9), em um bar na Quadra 202 da Asa Norte. O autor foi conduzido pela Polícia Militar até a 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), onde foi indiciado por injúria preconceituosa devido ao fato de ter xingado a vítima de “queima-rosca” e “viadinho”.

De acordo com o assessor Igor de Oliveira Saraiva, de 35, ele e três amigas chegaram ao bar por volta de 21h30 e aguardaram até uma mesa ser desocupada. Quando um funcionário do estabelecimento levou os quatro clientes ao local em que eles ficariam, viu que já havia um homem lá, que foi orientado a ocupar o espaço ao lado. Com isso, Igor e as amigas ficaram próximos das cadeiras em que estavam outros três homens, entre eles o nutricionista Daniel Azevedo Novais.

Daniel, segundo o assessor, seria o homem mais velho da mesa e “comandava” os ataques. “Ele começou a me provocar afirmando que as minhas amigas eram ‘velhas’ e que poderiam ser mais novinhas para sentarem ao lado. Quando uma delas se levantou, ele afirmou que a ‘bunda dela até que era gostosa’”, afirmou o servidor.

“Queima-rosca”

Igor relatou na delegacia que os insultos foram ficando mais agressivos, e o nutricionista começou a xingá-lo de “viadinho” e “queima- rosca” por diversas vezes. “Logo em seguida, ele passou a atirar objetos nas minhas costas que não sei ao certo o que era. Chamei funcionários do bar para relatar o que estava ocorrendo, mas afirmaram que não poderiam fazer nada já que o estabelecimento não contava com segurança”, disse o assessor.

Após a chegada de um amigo de Igor ao bar, ele tentou convencer o nutricionista a cessar com os ataques, mas recebeu ameaças como resposta. A PM foi acionada, e equipes do Grupo Tático Operacional (GTOp) do 3º Batalhão da PM foram até ao local e conduziram Daniel Novais e outro homem que estava na mesa até a 5ª DP.

Em seu termo de declaração, já na delegacia, o autor dos ataques negou que tivesse xingado o servidor público. Logo em seguida, Daniel Novais preferiu ficar em silêncio e se manifestar apenas em juízo.

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