Mensagens mostram que Pacheco e Rosa Weber cobraram ação de Ibaneis nos ataques de 8 de janeiro

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Uma figura chave para entender os detalhes dos ataques e invasões aos prédios da Praça dos Três Poderes é o governador afastado Ibaneis Rocha (MDB). Nesta quinta-feira, 9, o ministro Alexandre de Moraes determinou a devolução dos celulares de investigados, como o governador do Distrito Federal (DF), Anderson Torres, Fernando Oliveira e Valdemar Costa Neto, presidente do Partido Liberal. A perícia da Polícia Federal (PF) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que extraiu os dados dos celulares do governador afastado e encontrou uma série de mensagens do político com outras autoridades. Ás 20h do dia 7 de janeiro, véspera dos atos violentos, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD) escreveu: “Estimado governador, boa noite! Polícia do Senado está um tanto apreensiva pelas notícias de mobilização e invasão ao Congresso. Pode nos ajudar nisso?”. Quatro minutos depois, Ibaneis respondeu na tentativa de tranquilizar o senador: “Já estamos mobilizados. Não teremos problemas. Coloquei toda a força nas ruas”.

Um pouco mais cedo, no mesmo dia, Ibaneis fez um telefonema pelo aplicativo WhatsApp para o então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, que estava de férias. A seguir, Torres enviou ao governador o contato do secretário interino Fernando Oliveira. No domingo do dia 8 de janeiro, às 15h25, com o ataque ás sedes dos Três Poderes já em andamento, a presidente do STF, Rosa Weber, entrou em contato com Ibaneis: “Já entraram no Congresso. O secretário de segurança do DF está de férias, por isso o contato direto com o senhor”. Ibaneis respondeu: “Coloquei todas as forças de segurança nas ruas”. O governador também enviou à ministra o telefone de Fernando Oliveira.

Na noite daquele mesmo dia, o ministro Alexandre de Moraes determinou o afastamento de Ibaneis Rocha do cargo de governador do Distrito Federal (DF) e mandou ainda prender Anderson Torres, que estava nos Estados Unidos. Apesar das declarações do governador, a polícia do DF estava de sobreaviso, mas poucos agentes foram deslocados para a Esplanada dos Ministérios.

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