Toda a rede pública de ensino do Distrito Federal deve retornar às aulas presenciais a partir da quarta-feira, 3. Ao todo, são 460 mil estudantes retomando a rotina escolar. O decreto que permite o retorno também estabelece que o transporte escolar deve ser usado em sua capacidade máxima; alunos e profissionais com suspeita de Covid-19 devem ser testados imediatamente e o ensino remoto só será permitido a quem tiver suspeita de contágio. Além disso, a determinação também diz que as salas de aulas devem ter ventilação natural. Com as mudanças, professores e pais de alunos criticaram a decisão do governo. A moradora do Distrito Federal Elaine Silva conta que está com medo de mandar a filha para a escola e critica a medida. “A gente só tem 50% da população vacinada com duas doses e o certo seria pelo menos 80% da população imunizada para a gente ter o mínimo de segurança com as nossas crianças.
O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro DF) também é contrário a medida e anunciou que os educadores não voltarão às escolas na próxima quarta-feira. A diretora do Sinpro DF, Rosilene Corrêa, confirmou a paralisação. “Não houve ampliação de espaço. Portanto, não tem como garantir o distanciamento necessário. Não se acaba com a pandemia por decreto e é isso que o governo do Distrito Federal está tentando fazer, inclusive induzindo as pessoas a abandonarem o uso da máscara e isso vai incentivar o comportamento dos estudantes, que são jovens”, afirma. Além de determinar o retorno do ensino presencial, o Distrito Federal também retirou a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção em locais abertos. Segundo o governador Ibaneis Rocha, com o índice de vacinação avançando e a taxa de transmissão caindo, não há o que temer.
Leia também
*Com informações da repórter Iasmin Costa