Homem que matou filho com tiro acidental em Goiás responderá por homicídio culposo

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Delegado afirmou que homem era atirador esportivo e tinha todas as armas legalizadas

Delegado afirmou que homem era atirador esportivo e tinha todas as armas legalizadas Pixabay/Reprodução

A Polícia Civil concluiu que o pai de Eliseu Eugênio Kraemer, de 11 anos, morto em 27 de maio por um disparo acidental em Formosa, cidade goiana no Entorno do Distrito Federal, será responsabilizado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O inquérito do caso foi finalizado nessa quarta-feira (22).

O pai da criança tinha registro de CACs (caçadores, atiradores e colecionadores de armas de fogo), e as armas eram legalizadas, mas, segundo a investigação, ele descumpriu várias normas de cuidado.

O acidente aconteceu quando o homem negociava a venda de um revólver calibre 22 e pegou a espingarda para mostrar ao possível cliente. A arma, que estava carregada e destravada, disparou acidentalmente e atingiu a criança no peito. O menino morreu no local em decorrência de traumatismo cardíaco.

Em desespero, o pai pegou o filho no colo e levou para a mãe, que tomava banho. Uma testemunha disse que o homem tentou se matar com um tiro no rosto. Ele sobreviveu, mas teve danos estéticos no rosto e ficou com a fala prejudicada.

Ele foi socorrido e, dentro da ambulância, escreveu uma carta dizendo que havia matado o filho por acidente. “Foi acidente. Matei meu filho. Deixa eu morrer. Matei meu filho por acidente. Peço perdão”, escreveu na carta. 

Carta escrita pelo pai pedindo perdão por ter matado o filho com um tiro acidental

Carta escrita pelo pai pedindo perdão por ter matado o filho com um tiro acidental PCGO/Divulgação

O delegado responsável pelo caso, Danilo Meneses, esclarece que muitos boatos foram divulgados na época do acidente. “Como forma de combater falsas notícias, a Polícia Civil informa que o pai da vítima trabalhava com manutenção de pivôs, não era armeiro, era atirador esportivo (CAC) e todas as suas armas estavam devidamente legalizadas”, esclarece.

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