A demissão de Maurício Souza é entendida no Vasco como uma correção de rota após oito jogos de nítido retrocesso em desempenhos e resultados. Comprovado pelos números. A sucessão, todavia, é um desafio. Tanto para quem contratar quanto para quem for contratado.
O processo de contratação deverá seguir trâmite parecido com que levou à chegada do último treinador: Carlos Brazil vai capitanear a busca, vai debater com Jorge Salgado, com outros integrantes da cúpula diretiva do clube e também com membros da 777 Partners.
Embora o rito para a venda da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) esteja paralisado, a tendência é que a empresa estadunidense assuma o comando do futebol do clube nos próximos meses. De modo que faz sentido a decisão seja compartilhada entre o atual e o iminente superior.
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O problema está em quem vai topar o desafio. O mercado até tem nomes experientes no mercado, mas eles topariam o que o Vasco atual – sem aporte da 777 – pode pagar? Aceitaria o risco de um contrato até o fim do ano ou que possa ser interrompido antes?
Apesar de não ter sido externado, um dos motivos que fez Zé Ricardo aceitar uma proposta do Japão era a possibilidade de ser substituído quando da nova gestão. Sem contar o momento técnico da equipe, de profunda queda de rendimento.
E mesmo quem assumir terá uma missão com dois lados: a pressão, mas a possibilidade de assinar o comando do time que retorna à Série A. Dentro de campo, é preciso recuperar o desempenho defensivo pré-Emílio e, ofensivamente, fazer mais do que era feito na época de Zé.
Pois era essa a expectativa quando Maurício Souza foi contratado. Que mantivesse o que era bom e melhorasse o que não era. Agora, é necessário recuperar de um lado e fazer o que praticamente ainda não foi feito nesta temporada. E restam 18 jogos para o fim do ano do futebol vascaíno.
