No aniversário de dois anos do trágico assassinato de Salomão Matos, a busca por justiça continua a ser um desafio doloroso para sua família e toda a comunidade. Salomão Matos foi brutalmente assassinado em circunstâncias misteriosas, e sua família e comunidade continuam clamando por respostas.
Em um artigo publicado pela Folha do Maranhão em setembro de 2023, o caso de Salomão Matos é relembrado com uma tristeza renovada. A falta de progresso na investigação e a ausência de respostas têm sido um fardo insuportável para a família enlutada.
Segundo a matéria da Folha do Maranhão, o caso levanta questões sobre a eficácia das investigações e a transparência no sistema de justiça do estado. A falta de resolução também destaca a necessidade de um maior compromisso com a busca por justiça e verdade, não apenas para a família de Salomão Matos, mas para toda a comunidade.
Um dos líderes destacados nessa luta incansável por justiça é o deputado estadual Doutor Yglésio. Em 2021, o deputado fez um apelo por uma intervenção na Polícia Militar do estado, afirmando que a corporação estava “perdida”. Ele ressaltou a importância de uma mudança significativa para garantir a segurança e a confiança das comunidades.
Doutor Yglésio se destacou em 2021, ao postar em seu site próprio o pronunciamento realizado por ele na Tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão. Desde então, tem trabalhado incansavelmente na busca por justiça, cobrando das autoridades uma resposta para todos esses casos. Sua voz ressoou não apenas nos corredores da Assembleia Legislativa do Maranhão, mas também entre os moradores locais que anseiam por justiça.
A situação é agravada pelo fato de que, até hoje, a Polícia Militar do Maranhão não se pronunciou sobre um processo administrativo disciplinar para apurar a conduta dos policiais acusados no caso Salomão Matos. Algo necessário na a busca por justiça para honrar as vidas perdidas devido à ação desses policiais.
Comissão da OAB-MA investigou assassinatos cometidos por Policiais Militares à paisana no Maranhão
À medida que o tempo passa, a esperança de que a justiça será feita não diminui. A comunidade, juntamente com organizações e legisladores, continua a pressionar por respostas e a buscar uma resolução que traga paz e tranquilidade à família de Salomão Matos e a todos que lutam por justiça.
Um importante desenvolvimento no caso ocorreu em fevereiro de 2021, quando o G1 noticiou que uma comissão estava investigando policiais à paisana por possíveis envolvimentos nos assassinatos ocorridos no Maranhão. Essa investigação lançou luz sobre a complexidade do caso e as possíveis ramificações que poderiam estar por trás do assassinato de Salomão Matos.
Nos últimos anos, vários casos vieram à tona, destacando abusos de autoridade durante “operações” que geralmente ocorrem logo após assassinatos de policiais militares. Em alguns casos, esses policiais à paisana se envolveram em incidentes fatais, resultando na morte de pessoas consideradas inocentes.
Esses policiais, que circulam em veículos não identificados e não utilizam uniformes, têm despertado preocupações devido à dificuldade de identificação e às ações paralelas de investigação que conduzem às oficiais.
Em um incidente recente, policiais militares do serviço velado abordaram o comerciante Marcos Santos enquanto investigavam uma denúncia de roubo de gado em Bacabal, no interior do Maranhão. As imagens das câmeras de segurança mostram Santos sendo obrigado a entrar em um veículo. No dia seguinte, seu corpo foi encontrado com marcas de tiros e sinais de tortura. Cinco policiais, identificados nas imagens, foram posteriormente presos como suspeitos do crime.
No mesmo dia, o lavrador José de Ribamar Neves, de 25 anos, desapareceu após testemunhas afirmarem que ele foi levado por um dos policiais militares à paisana. Até o momento, Neves não foi encontrado.
Hoje, em setembro de 2023, ainda não se sabe ao certo quais foram os resultados das investigações realizadas pela OAB-MA
Nota da Redação do Diário Goiás & DF
O fato nefasto ocorreu durante o governo do ex-governador e atual ministro de Estado e Segurança Pública, Flávio Dino, que inclusive chegou a conceder “licença médica”, a um dos acusados.
Se tornou problemática a ação dos “policiais velados”, tendo em vista os diversos relatos e casos de abuso, não só de lesões corporais graves como o ocorrido com o soldador Raimundo Gusmão, mas também de homicídios que ainda estão sendo apurados, como nos casos de Salomão Matos e José de Ribamar Neves.