Nova Cartilha Parto Seguro aborda direitos da gestante e conscientiza sobre a violência obstétrica

Compartilhe essa notícia:

Fonte: Site Oficial do Governo de Goiás

Com linguagem acessível, material orienta sobre parto seguro e violência obstétrica, para conscientização das gestantes. O conteúdo da cartilha será usado para capacitar profissionais de saúde de todo estado.

Secretaria da Saúde de Goiás (SES) em parceria com o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), promove a Cartilha Parto Seguro nas unidades de saúde. O material traz orientações sobre parto seguro e violência obstétrica, com o foco na conscientização das mulheres sobre os direitos em relação ao corpo e ao processo reprodutivo.

“A partir dessa parceria será possível qualificar os profissionais de saúde, explicando o modelo de plano de parto para a gestante atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e reforçando os compromissos de uma atenção equânime, integral e humanizada”, pontua o subsecretário de Atenção e Vigilância em Saúde, Luciano Moura.

Cartilha Parto Seguro

A criação da cartilha é uma iniciativa do MP-GO. De acordo com a promotora de Justiça responsável pelo projeto, Lucinéia Vieira Matos, um dos principais objetivos é auxiliar as gestantes a elaborarem seus planos de parto, com assistência dos profissionais que fazem seu acompanhamento pré-natal e, assim, apresentá-lo na unidade de referência na hora do parto.

O treinamento, que abrangerá todo o estado, teve início pelo Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu. A capacitação foi voltada aos coordenadores da Atenção Primária à Saúde (APS) dos hospitais municipais e enfermeiros que realizam o acompanhamento pré-natal das gestantes.

A divulgação do Projeto Parto Seguro será também por meio de cartazes distribuídos nas unidades de saúde de toda a região.

Para o diretor assistencial do HCN, João Batista da Cunha, é necessário manter ações de conscientizar dos profissionais e da população em geral.

“Desta forma, as gestantes podem cobrar seus direitos e entender melhor como o processo assistencial funciona, contribuindo com a equipe médica no seu cuidado”, ressalta o diretor. Além da apresentação da Cartilha Parto Seguro, a programação contou com palestras sobre “Impactos Psicossociais da Violência Obstétrica” e “Cuidado Amigo da Mulher”.

Tratamento humanizado

O Centro Obstétrico do HCN segue todas as diretrizes da Aliança Nacional para o Parto Seguro e Respeitoso, visando combater a violência obstétrica e oferecer sempre o melhor tratamento às suas pacientes gestantes e puérperas de forma humanizada e respeitosa.

No hospital, as parturientes podem contar com o apoio de uma equipe multiprofissional composta por enfermeiras obstetras que acompanham o trabalho de parto, médicos voltados para a atenção da gestante, fisioterapeutas, psicólogos, além de um Pronto-Socorro especializado em atendimento à mulher.

Diego Sorgatto foi pioneiro no Estado, no combate a violência obstétrica

A proposta de Lei nº 764/2017, foi sancionada em 20 de julho de 2017 sendo de autoria do ex-deputado estadual e atual prefeito de Luziânia Diego Sorgatto, que instituiu a Política Estadual de Prevenção à Violência Obstétrica no Estado de Goiás.

A lei, tipifica a violência contra a gestante ou a parturiente quando sofrem ofensa verbal, descaso, tratamentos rudes, são vítimas de piadinhas, comentários maldosos e discriminatórios, ou seja, toda humilhação intencional e todo tipo de atitude torpe.

De acordo com o então parlamentar, a gestação se trata de um momento único na vida da mulher e de sua família, porém, atitudes de violência podem acarretar traumas e prejuízos ao bem-estar das gestantes. “O parto e o nascimento de um filho são eventos marcantes na vida de uma mulher e que muitas vezes são relembrados como uma experiência traumática, na qual a mulher se sentiu agredida, desrespeitada e violentada por aqueles que deveriam estar lhe prestando assistência”, declarou na época Sorgatto.

A propositura ainda considerou outros tipos de violência, como comentários agressivos, xingamentos, ameaças, discriminação racial e socioeconômica, exames de toque abusivos, agressão física, tortura psicológica, dentre outras situações que possam constranger ou causar prejuízos à gestante.

Compartilhe essa notícia:

Posts Relacionados: