Segundo Catarina Dahl, consultora de saúde mental, álcool e outras drogas da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), alguns fatores influenciam e são determinantes para que as pessoas desenvolvam problemas de saúde mental, questões sociais como a pobreza, situações de violência ou traumáticas, desastres socioambientais e tantos outros.
Diante da incerteza, isolamento social e diversos medos, muitas pessoas adoeceram mais mentalmente e aumentou a demanda em consultas com psicólogos.
Olívia Prado, psiquiatra do Hospital Moriah, destaca que a Associação Brasileira de Psiquiatria fez uma pesquisa, em dois momentos durante a pandemia, perguntando para os psiquiatras em quanto aumentou a demanda de consultório e o resultado, inicialmente em 30%, passou para mais de 50 %.
Os quadros de ansiedade tiveram um crescente em todas as faixas etárias, entre os sinais estão irritabilidade, fadiga, lapsos de memória, tensão muscular, mais dores pelo corpo, mãos suando e coração batendo mais rápido.
“A pessoa precisa perceber que ela está diferente do seu padrão habitual, muito preocupada, e no momento que isso acontece deve tentar procurar ajuda, perceber que pode ser que não dê conta sozinha e que isso não é um problema, pelo contrário, procurando ajuda isso tudo vai melhorar mais rápido”, explica Olívia.
Preconceito e discriminação ainda são barreiras para buscar ajuda, apesar do tema ter ganhado mais visibilidade.
“A opinião pública parece estar mais sensibilizada para as questões de saúde mental e isso de alguma forma faz com que o tema tenha menos tabu para ser discutido e as pessoas possam se sentir um pouco mais à vontade de reconhecer que elas estão, sim, em situação de sofrimento”, destaca Catarina.
A consultora de saúde também fala da transformação do sistema de saúde, “Embora sejam bastante desafiadoras essas situações de emergência de crise humanitária, muitas vezes elas representam oportunidades, a pandemia foi uma oportunidade enorme para o desenvolvimento e sobretudo para ampliação do acesso aos cuidados de saúde mental”.
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