O palácio presidencial do Sri Lanka vai reabrir na segunda-feira (25), informou a polícia local neste domingo (24), dias depois de manifestantes antigoverno serem expulsos após uma operação violenta que provocou a condenação da comunidade internacional.
O gabinete presidencial “está pronto para reabrir a partir de segunda-feira”, disse um policial que preferiu permanecer anônimo, pois não está autorizado a falar com a imprensa.
A polícia revelou que especialistas forenses visitaram o palácio, ocupado no início deste mês por manifestantes que pediam a renúncia do ex-presidente Gotabaya Rajapaksa, para coletar evidências dos danos causados pelos protestos.
Nesse mesmo dia, Rajapaksa teve que ser resgatado por soldados de uma residência próxima. O líder fugiu para Singapura e renunciou dias depois.
As forças da lei, equipadas com cassetetes e armas automáticas, esvaziaram o palácio presidencial de 92 anos em uma operação ordenada na sexta-feira pelo sucessor de Rajapaksa, Ranil Wickremesinghe.
Pelo menos 48 pessoas ficaram feridas e outras 9 foram presas durante a intervenção policial, na qual o acampamento montado pelos manifestantes fora do complexo desde abril foi destruído.
Governos ocidentais, as Nações Unidas e organizações de direitos humanos condenaram Wickremesinghe por usar a violência contra manifestantes.
Um porta-voz da polícia, Nihal Talduwa, disse no domingo que os manifestantes podem ter o direito de continuar protestando em um local perto do palácio presidencial.
“Eles podem ficar no local oficial do protesto. O governo pode abrir ainda mais locais para os manifestantes na cidade”, disse Talduwa.