Entorno pode voltar a ter vice-governadoria com Pábio Mossoró

Entre 1987 e 1988  a região do entorno do Distrito Federal  ocupou a vice-governadoria do Estado, por meio do  luzianense Joaquim Domingos Roriz  (Luziânia, 4 de agosto de 1936 – Brasília, 27 de setembro de 2018), durante o governo de Henrique Santillo (23 de agosto de 1937, Ribeirão Preto, São Paulo  25 de junho de 2002, Anápolis , Goiás).

Tal fato ocorreu portanto há  36 anos. Roriz que havia sido vereador em Luziânia, e o deputado estadual mais votado nas eleições de 1978, foi o escolhido muito mais por seus dotes pessoais e políticos, do que pela então densidade eleitoral da região.

Já atualmente vivenciamos uma outra realidade, a região cresceu populacionalmente, economicamente, e por obvio em número de eleitores. As cidades goianas que compõe a RIDE-DF (Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno) deixaram há muito tempo de serem apenas cidades dormitórios, o que era  uma região problemática começa a registrar índices econômicos prósperos e visíveis.

Com praticamente um milhão de eleitores, uma bancada forte na Alego, a região pode, e possivelmente será decisiva nas eleições de 2026.

Dai que vem surgindo nos bastidores, e sendo comentado por analistas experientes, primeiramente  a possibilidade de a região ser contemplada com a vaga na chapa de Daniel Vilela (MDB) que deve assumir o governo em abril de 2026, com a desincompatibilização do governador Ronaldo Caiado (DEM) que deve disputar a presidência da República, ou a uma da duas vagas ao Senado Federal.

Em se confirmando a decisão pela composição com um nome da região, vem ganhando espaço que o escolhido seja o atual prefeito de Valparaiso de Goiás Pábio Mossoró (MDB), que é do mesmo partido de Vilela.

Seria esse então um problema à primeira vista? Como dois membros de um mesmo partido encabeçariam a chapa ao governo estadual? Pois bem, precisamos de pronto analisar o perfil do possível representante do entorno.

Ex-vereador por dois mandatos, o primeiro prefeito reeleito da estratégica cidade de Valparaiso de Goiás, elegeu a sua então vice-prefeita Dra. Zeli como deputada estadual, propenso a eleger o seu sucessor, e agora recentemente reeleito presidente da Associação dos Municípios Adjacentes a Brasília (AMAB), o que demonstra liderança entre seus pares.

Bem, o possível pré-candidato a vice-governador, é forte e preparado, já sabemos,  e como fica a situação de ser do mesmo partido do futuro candidato a reeleição Daniel Vilela?

Respondemos, essa situação não seria uma novidade, e diríamos é até uma tradição do MDB ter a chapa “puro sangue” (vide quadro) todas as vezes em que  foi inquilino do Palácios das Esmeraldas,  claro é algo significativo, mas não seria o suficiente para resolver uma composição na base política do governador Caiado e do vice-governador Daniel Vilela.

Ocorre que, não podemos desprezar o fato de que não teremos apenas cinco vagas majoritárias, e sim oito vagas, senão vejamos.

Em 2026 teremos as vagas de governador e vice-governador, e mais duas vagas para a senatoria, com seus respectivos dois suplentes para cada.

Como se ver a conjugação de fatores extremamentes válidos os quais são o potencial eleitoral da região do entorno, a possibilidade de contemplar os partidos mais fortes da base nas vagas senatoriais, a tradição emedebista de chapas “puro sangues” para o governo estadual, e a qualidade política/eleitoral do prefeito Pábio Mossoró, poderão quase quatro décadas depois, alçar a região do entorno do Distrito Federal a vice-governadoria do Estado de Goiás.