Nessa semana, Valparaíso de Goiás foi manchete em todo o Estado e no Distrito Federal, por conta de uma mega operação do Ministério Público do Estado de Goiás na Câmara Municipal e na residência de vereadores do município.
Supostamente, porque não há confirmação oficial do MPGO, foram alvos da operação, o atual presidente da casa, vereador Alceu Gomes (UB), e os ex-presidentes os vereadores Flávio Lopes (MDB), e Plácido Cunha (PDT).


Segundo se comenta nos bastidores políticos da cidade, e até mesmo em parte da imprensa, o principal investigado seria Cunha.
Considerado um hábil estrategista político, tendo ingressado como motorista na Câmara Federal, e chegado a assessor legislativo com especialidade no Orçamento Geral da União, Cunha é o líder da atual legislatura, e ao que tudo indica, mesmo com a maior renovação de mandatos ocorrida na história da Câmara Municipal desde a segunda legislatura, permanecerá empoderado.
Presunção de Inocência
Muitos agentes políticos, e parte da mídia local, tem se antecipado na condenação prévia e pública dos três parlamentares, ignorando os seus direitos a ampla e o contraditório.
A ampla defesa e o contraditório são princípios fundamentais do processo judicial que se aplicam quando as partes de um processo têm a oportunidade de se manifestar e defender os seus interesses.
Nem o MPGO, nem a mídia, e muito menos os políticos locais, podem condenar por antecipação os parlamentares supostamente investigados.
Quem é Plácido Cunha e a Eleição da Presidência da CMVG
Plácido Cunha é natural de Buriti dos Lopes – PI, chegou ao então Distrito de Luziânia, Valparaízo, em 1985, período em que integrava a Marinha do Brasil, após trabalhou como serralheiro, até ser comissionado na Câmara Federal.
Entrou para a política pelas mãos da família Bites, que comanda o PT na cidade desde a sua fundação.
Foi eleito pela primeira vez vereador, para a legislatura 2008/2012, e não obteve sucesso na sua reeleição. Contudo foi secretário municipal, no governo da professora Lucimar (PT).
Em 2016 tentou voltar a Câmara Municipal e não logrou êxito. Sempre determinado a permanecer na atividade política, foi secretário municipal de 2017 a 2020.
Já em 2020, foi eleito novamente vereador, e na legislatura de 2021/2024, formou um grupo hegemônico na Câmara Municipal liderado por ele.
Foi presidente do legislativo municipal em 2021 e 2022, elegeu seu sucessor vereador Flávio Lopes para a gestão do ano de 2023, e embora inicialmente não estivesse aliado ao atual presidente vereador Alceu Gomes eleito para a gestão do ano de 2024, acabou compondo com este, e permaneceu influenciando nos rumos da casa.
Nas últimas eleições recebeu 824 votos, tornando-se 1° suplente do seu partido.
Mesmo não sendo reeleito, além de ser citada constantemente a possibilidade de ocupar uma Secretaria Municipal de relevo, articulou ao lado do presidente Alceu Gomes, principalmente junto aos vereadores novatos, para os quais é um verdadeiro professor e referência, a eleição para a presidência da Câmara Municipal, do vereador reeleito Walison Lacerda (MDB), demostrando assim sua força política, e capacidade de articulação ímpares.

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