Dramaturgo, desenhista, produtor cultural, ator, cartunista, defensor da causa animal, ativista social, Ribamar Araújo
A cultura brasiliense se despede de um de seus grandes nomes. Ribamar Araújo, ator, produtor cultural, desenhista e professor, faleceu aos 52 anos, vítima de um mal súbito. Com uma trajetória de mais de três décadas dedicadas às artes, Ribamar deixa um legado que transcende o palco, os quadrinhos e a sala de aula.
Ribamar iniciou sua carreira nos anos 90, ao lado de nomes consagrados como Cláudio Falcão, Adriana Nunes, Alexandre Ribondi e Camila Pitanga. No teatro, ele mostrou sua versatilidade e paixão, atuando e colaborando em diversas produções que fizeram história na cena cultural local. Além disso, como desenhista, encontrou nas histórias em quadrinhos um meio poderoso de educar e sensibilizar crianças e adultos sobre a importância de proteger o meio ambiente.
Durante 20 anos, Ribamar ensinou desenho e histórias em quadrinhos na Oficina de Artes, inspirando e formando novas gerações de talentos. Seu amor pelo Cerrado o levou a criar a Turma do Cerrado, lançada oficialmente em 2018 com a primeira edição de uma revista em formato de gibi, cujo protagonista era o Pato Mergulhão, ave símbolo da conservação do bioma. Através dos gibis, ele encontrou uma maneira criativa de chamar a atenção para a preservação ambiental, mostrando que a arte pode ser uma poderosa ferramenta de conscientização.
Por meio das redes sociais, o advogado Dr. Suenilson Sá, primo de Ribamar, deixou uma emocionante mensagem em homenagem ao produtor cultural:
Ribamar deixa viúvo o produtor cultural e cantor, Nilson Lima. A morte precoce do ator deixa uma lacuna na cultura de Brasília, mas seu legado, sem dúvida, continuará a inspirar futuras gerações. O artista que deu vida ao Cerrado em suas criações, agora se despede, deixando-nos com a responsabilidade de continuar defendendo e valorizando tanto a natureza quanto a cultura que ele tanto amava.