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De início e sem hesitações, é mais do que sabido por todos, que um elemento, quando inclinado ao midiatismo, geralmente extrapola em suas atitudes, que são voltadas tão somente a sua própria promoção pessoal, além de ser costumeiramente inimigo do bom senso, e do recato das suas eventuais posições institucionais.

Tal análise amolda-se com tranquilidade, ao “artigo” intitulado “ao lambedor de coturnos”, publicado no Jornal o Popular, em 28 de março, pelo promotor de justiça do Ministério Público do Estado de Goiás, Paulo Brondi.

Não tivesse sido estampada a imagem do autor do texto, escolhida possivelmente entre suas recordações do início da carreira, e a credibilidade do veículo de comunicação, eu diria que estávamos diante do manifesto de um aparelho da extrema esquerda, possivelmente infiltrado em uma escola do ensino secundário, dado ao conteúdo do “artigo”, ou a falta dele…

Tomado por uma linguagem incendiária, insinuações maledicentes de fundo preconceituoso, esse “artigo” semeia discórdia, e parece que se propõe a voltar a população contra a sua Polícia Militar.

Posições radicais de extrema-direita, ou de extrema-esquerda, são os dois lados nocivos à sociedade, de uma mesma moeda furada.

Assim como o maniqueísmo, que estabelece irresponsavelmente o “nós contra eles”, também é um desserviço à democracia vigente, e um esteio para quem deseja atentar contra a ordem pública.

Com máxima vênia, houve uma espécie de masturbação teórica doutrinária, não se pode atribuir sem lastro probatório, direta ou indiretamente, uma ação sistêmica de justiçamento, como ficou claro no “artigo”, a essa respeitável instituição.

A sociedade goiana não irá sem justa causa, voltar-se contra seus guardiões, é um delírio inalcançável.

Se a Polícia Militar do Estado de Goiás, ele não trouxe dados oficiais, figura entre as mais letais do país, e se estas ações estão sendo em confronto com quem dispara uma arma de fogo, ou atenta contra a vida de um (a) policial, perdão, precisamos melhorar os índices, e chegarmos logo ao topo de tal levantamento, se existente.

Esses homens e mulheres merecem respeito senhor promotor, não consigo ver a vantagem para a população, em vê-los tombar mortos ou gravemente feridos, apenas para contemplar doutrinas fantasiosas, que não se coadunam com a realidade diária e imparável das ruas.

A defesa das garantias fundamentais, da ampla defesa, e do devido processo legal, os quais postulamos enquanto advogados, não abraça sequer em sonho, ou melhor, em pesadelo, a associação, o apoio, o favorecimento, ou o incentivo às atividades criminosas, ainda mais as que venham à atingir letalmete ou ferir agentes das forças de segurança pública.

Logo não posso ser omisso, ou me acovardar, deixando consignado publicamente o meu profundo repúdio, ao seu “artigo” provocativo, vulgar, injusto, e infamante.

Enquanto não se provar o contrário sobre os autos de resistência, prestaremos nossas continências a todos os polícias militares de Goiás, que sobreviveram aos ataques às suas vidas, nós nos orgulhamos sim dos senhores!

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