Fonte: Facebook/Poemas & Versos
Cora Coralina é o pseudónimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas. Era filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II, e de dona Jacyntha Luiza do Couto Brandão.
Tornou-se doceira, ofício que exerceu até aos últimos dias da sua vida. Famosos eram os seus doces de abóbora e figo.
Cora Coralina já escrevia poemas em 1903 e chegou a publicá-los no jornal de poemas femininos “A Rosa”, em 1908. Em 1910, foi publicado o seu conto “Tragédia na Roça” no “Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás”. Em 1907 assumiu a vice-presidência do gabinete literário goiano. Em 1910 conheceu o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Bretas e passam a viver no Estado de São Paulo. Casaram-se em 1925 e com ele teve seis filhos. Em 1934 o seu marido falece e Cora Coralina passa a vender livros na editora José Olímpio, onde lançou a sua primeira obra, em 1965, quando tinha 76 anos, “O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais”. Em 1976 é lançado o livro “Meu Livro de Cordel” pela editora Goiana. Mas o interesse do grande público é despertado graças aos elogios do poeta Carlos Drummond de Andrade, em 1980.
Cora Coralina recebeu o título de Doutor Honoris Causa da UFG e foi eleita com o “Prémio Juca Pato” da União Brasileira dos Escritores, como intelectual do ano de 1983.
Faleceu em Goiânia, no dia 10 de Abril de 1985
Poeminha Amoroso
Este é um poema de amor tão meigo, tão terno, tão teu…
É uma oferenda aos teus momentos de luta e de brisa e de céu…
E eu, quero te servir a poesia numa concha azul do mar ou numa cesta de flores do campo.
Talvez tu possas entender o meu amor.
Mas se isso não acontecer, não importa.
Já está declarado e estampado nas linhas e entrelinhas deste pequeno poema, o verso;
o tão famoso e inesperado verso que te deixará pasmo, surpreso, perplexo…
Eu te amo, perdoa-me, eu te amo…
Cora Coralina