Assassinato de advogado no Paraná no exercício da sua profissão, e feminicídio da sua cliente reabrem debate sobre o porte de armas para a advocacia

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O advogado Henrique Bueno Paquete, assassinado hoje, 20, junto com a cliente Vanessa de Souza Camargo em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, era filho do ex-presidente da Subseção da Lapa da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Kival Della Bianca Paquete Junior. A entidade decretou luto oficial de três dias.

Paquete acompanhava a cliente e o filho recém-nascido dela em uma clínica médica, quando ambos foram atingidos por disparos de arma de fogo efetuados pelo ex-marido de Vanessa, Luan Lucas Cardoso, de 28 anos. O bebê ficou ferido e foi encaminhado ao hospital.

“Representantes do sistema de Defesa de Prerrogativas da OAB Paraná estão no local para acompanhar os desdobramentos do caso e prestar apoio aos familiares das vítimas. A OAB Paraná manifesta seu mais profundo pesar e se solidariza com os pais e demais familiares das vítimas, e também com amigos e colegas de profissão”, postou a entidade.

Cardoso cometeu suicídio após as duas mortes. Ele era aluno-soldado da Polícia Militar do Paraná (PM-PR) e teria ido até a clínica de saúde para realizar um exame de paternidade junto com a ex-esposa.

Projeto de Lei permite porte de armas para a Advocacia

O Projeto de Lei 1015/23 classifica como atividade de risco o exercício da advocacia em todo o território nacional, independentemente da área de atuação do profissional regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A proposta está em análise na Câmara dos Deputados.

Na prática, o texto passa a permitir que advogados sejam autorizados a portar armas de fogo em razão do “exercício de atividade de risco”, o que já é assegurado a outras categorias pelo Estatuto do Desarmamento.

“O exercício da profissão de advogado (público ou particular) possui os mesmos riscos daquela desenvolvida por magistrados e promotores de Justiça, ainda que fiquem em polos diversos nas demandas judiciais”, afirma o autor, deputado Coronel Telhada (PP-SP). “Nada mais justo do que equiparar os direitos quanto ao porte de arma de fogo.”

Tramitação

A proposta ainda será despachada às comissões temáticas da Câmara.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

 

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