Após dois meses de investigação, a Polícia Civil prendeu cinco pessoas por integrarem um grupo que vendia medicamentos em Goiás e em mais 11 estados, além do Distrito Federal. Segundo as investigações, o grupo teria movimentado mais DE R$ 6 milhões em apenas seis meses. De acordo com a polícia, a investigação foi iniciada em abril de 2022, depois de um paciente de um importante hospital de Goiânia ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Segundo a polícia, o paciente teria sido medicado por uma falsa imunoglobulina. O medicamento é usado para o tratamento de pacientes com deficiências imunológicas graves e é de alto custo. “Foi constatado, através de notificações divulgadas pela Anvisa, que o medicamento comercializado era falso e que havia registros de outros casos idênticos ocorridos em diversas regiões do país”, disse a corporação.
Segundo a apuração da polícia, o remédio foi vendido por uma empresa da Bahia, mas foi constatada que ela não possuí uma sede física e nem mesmo funcionários. A empresa seria filial de uma outra, com sede em Abadia de Goiás, “a qual não possuía as autorizações e a estrutura necessárias para a comercialização desse tipo de medicamento classificado como termolábeis, ou seja, que necessita de armazenamento e refrigeração especiais”. “Foiepresentado pela quebra de sigilo fiscal da empresa, através da qual constatou-se que inúmeras unidades de imunoglobulina foram vendidas pelas empresas a vários hospitais particulares, planos de saúde e órgãos públicos de saúde de diversos estados brasileiros”, informou a corporação. Além disso, a polícia informou que foi realizado um mandado de busca e apreensão na sede da empresa e na casa dos administradores. Os agentes apreenderam medicamentos de uso restrito e aparelhos eletrônicos, fotos de caixas de imunoglobulinas que mantinham em depósito de forma inadequada e que possuíam as mesmas características das que foram vendidas ao hospital.