Por orientação de seus advogados, o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF), Anderson Torres, permaneceu em silêncio durante seu depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira, 18. Dois delegados e um escrivão da PF fizeram uma oitiva que durou cerca de uma hora. Dentre os questionamentos, perguntaram a Torres se, no dia das invasões e depredações aos prédios da Praça dos Três Poderes, ele teria feito contato com o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha (MDB), e com o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). De acordo com o advogado do ex-secretário, Rodrigo Roca, o silêncio estratégico foi devido à falta de informações. Até o momento, a defesa só teria acesso aos autos de apenas um dos três inquéritos que envolvem Torres. Após o depoimento, o advogado retornou ao batalhão da Polícia Militar onde o ex-ministro está preso desde sábado, 14. Roca saiu do local cerca de duas horas depois e não falou com a imprensa. O que já se sabe é que a defesa tentará uma flexibilização na prisão, para que seja convertida em domiciliar. Além disso, um novo pedido de depoimento está sendo expedido pela PF e deve acontecer na próxima segunda-feira, 23.
Leia também
*Com informações da repórter Berenice Leite