Pouco depois do presidente Lula decretar intervenção federal no Distrito Federal por conta da invasão ao Congresso Nacional, em Brasília. O ministro da Justiça e da Segurança Pública do governo, Flávio Dino, fez um pronunciamento duro na noite deste domingo. Cerca de 300 pessoas foram presas, além disso, 40 ônibus que levaram manifestantes para Brasília foram detidos e seus financiadores identificados. “As prisões em flagrante continuam, o flagrante ocorre durante o cometimento do crime ou logo após. As pessoas que estão sendo acompanhadas ainda estão a luz do código penal de flagrância, ainda não temos um balanço final e prisões continuarão sendo feitas nas próximas horas. Temos aproximadamente 40 ônibus apreendidos, já identificados todos os ônibus e os financiadores, de modo que nós teremos novos pedidos de prisão preventiva, em fase da gravidade do que foi efetuado”, comentou o ministro. A Polícia Civil disse que continuará efetuando prisões e que os manifestantes estão sendo encaminhados para o edifício-sede da PC para serem identificados e ouvidos nos autos do inquérito “que investiga os atos criminosos” ocorridos na Esplanada dos Ministérios. Em relação aos possíveis culpados pela invasão, Dino citou que o governador do DF, Ibaneis Rocha, irá apurar corretamente as responsabilidades. “Nos dias que antecederam esses acontecimentos inéditos, houve uma preparação, reuniões em que o governo afirmou que a preparação que lhe cabe estava adequada. O governador Ibaneis, com toda certeza, ao efetuar um pedido de desculpas públicas, está reconhecendo que algo deu errado nesse planejamento e quero crer que vá apurar aqueles que não cumpriram seus deveres”, disse.
Flávio Dino reforçou que o que ocorreu na Praça dos Três Poderes foi terrorismo. “Lamentamos que o patrimônio do povo brasileiro tenha sido delapidado de modo vil. Isso é terrorismo, é golpismo e sabemos que a imensa maioria dos brasileiros não querem a implementação desse tipo de trevas no Brasil. As ações não têm hora para acabar. Fazemos um apelo aos cidadãos e cidadãs que estejam em seus estados com posição extremista, que tenham bom senso, porque não vamos aceitar o caminho da criminalidade. Criminoso é tratado como criminoso”, explicou. O ministro também informou que está trabalhando ao lado do interventor federal, Ricardo Garcia Cappelli, para tomar medidas e decisões. O próximo passo, disse Dino, é descobrir todos os financiadores de atos antidemocráticos.