Ninguém empatou tanto quanto o São Paulo no Campeonato Brasileiro. Nos 19 jogos do primeiro turno da competição, foram 11 vezes em que o Tricolor deixou o campo com igualdade no placar, feito que faz com que a equipe bata recordes.
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Segundo levantamento da página ‘Anotações Tricolores’, nas 20 edições do Brasileirão por pontos corridos, o Tricolor nunca havia empatado tanto no primeiro turno quanto agora. O recorde anterior era o da edição de 2018, quando foram acumulados oito empates.
Mesmo se forem levadas em consideração as edições desde 1971, o São Paulo nunca havia empatado tantos jogos em seus 19 primeiros compromissos: foram no máximo dez jogos com igualdade no placar em 1974 e 1975.
– Temos que definir os jogos, não estamos conseguindo definir o jogo contra ninguém. Não estamos conseguindo respirar, não conseguimos abrir dois gols de vantagem contra nenhum adversário. No Brasileiro a gente não consegue respirar um pouco no jogo, temos que jogar no limite até o minuto 90 – avaliou o técnico Rogério Ceni nos vestiários após o 3 a 3 com o Goiás, no sábado (23), no Morumbi.
Foi apenas a segunda vez na história em que o São Paulo empatou dois seguidos por 3 a 3. A única outra foi em fevereiro de 2012 (Bragantino e Palmeiras, ambos como visitante).
Antes do Esmeraldino, o Tricolor alcançou o mesmo placar ante o Internacional. Já vinha de um 2 a 2 com o Fluminense. Ou seja, ao todo, foram oito gols sofridos em três partidas, fato que levou Ceni a mostrar insatisfação com a defesa. E confessar que está sofrendo um ‘desgaste mental’ grande.
– Para mim é mais o (cansaço) mental. Você tem que estar ganhando todos os dias. E você tem a expectativa de fazer isso. Temos entregado gols muito facilmente, temos feito isso mais fácil do que deve ser. E isso vai te deixando mais cansado. Para os atletas, o desgaste físico é maior. Para mim, o mental tem sido o pior.
Ainda segundo o ‘Anotações Tricolores’, dos 1.710 minutos do primeiro turno, o São Paulo passou apenas 39 com uma vantagem de mais de um gol. Isso ocorreu ainda na primeira rodada, o que significa um jejum de 1.620 minutos. Por outro lado, o time também não costuma ceder vantagens grandes aos adversários: no mesmo recorte, ficou dois ou mais gols atrás no placar por apenas dezenove minutos, também lá no comecinho (na segunda rodada, contra o Flamengo), 1.530 minutos atrás. No total, o time passou 532 minutos em vantagem, 958 empatado e 220 perdendo.
– Eu fico indignado em tomar tantos gols assim. Precisamos ver com o Rogério uma maneira de evitar isso, aumentar nossa concentração – disse o zagueiro Diego Costa.
– Nós jogamos dia 14, 17, 20 e 23, Com tanta gente fora, o cansaço bate. Não é tomar três gols do Goiás, um time profissional sofrer três gols mostra que precisamos evoluir nesse quesito. Não podemos cometer erros que nos levam a perder pontos importantes. Podemos caprichar mais nas finalizações e trabalhar melhor a parte defensiva para que a gente não sofra tantos gols – concluiu Ceni.
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