O homem acusado de assassinar com arma de fogo o ex-primeiro ministro japonês Shinzo Abe, no dia 8 de julho, será submetido a um exame psiquiátrico para determinar sua responsabilidade penal pelo crime, informaram neste sábado (23) os meios de comunicação japoneses.
O suspeito, Tetsuya Yamagami, 41, foi preso logo após atirar em Shinzo Abe duas vezes com uma arma que ele fez, em um comício eleitoral pré-Senado, em Nara, oeste do Japão.
Na última sexta-feira (22), o tribunal distrital de Nara aprovou um pedido dos promotores para que Yamagami se submeta a um exame psiquiátrico, informou o jornal Asahi Shimbun e outros meios de comunicação locais no último sábado, citando fontes próximas à investigação.
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O interrogatório do suspeito será interrompido durante este período, segundo a imprensa. No Japão, um suspeito pode ser mantido sob custódia policial e interrogado por até 23 dias sem ser formalmente acusado.
Segundo a mídia, o exame psiquiátrico permitirá que os promotores determinem se o suposto assassino é ou não responsável criminalmente por suas ações, antes de decidir se o acusam.
Não foi possível entrar em contato com a promotoria ou o tribunal no sábado para confirmar essas informações da imprensa.
Segundo a polícia, Yamagami disse que atirou em Abe porque acreditava que o ex-chefe de governo estava ligado à Igreja da Unificação, um movimento religioso de origem sul-coreana também conhecido como “seita da Lua”.
A mãe de Yamagami teria feito grandes doações para o movimento religioso e seu filho atribui a isso as dificuldades financeiras da família. De acordo com a Igreja da Unificação, Abe “nunca” foi um de seus membros ou conselheiros.