Um incêndio atingiu chácaras situadas em uma área rural do Jardim Botânico, no Distrito Federal, e destruiu uma Mercedes-Benz de 1973 na tarde dessa sexta-feira (22). As chamas se alastraram por vários lotes. Moradores estimam que pelo menos dois hectares de mata nativa e Cerrado foram devastados. A queima só foi controlada depois de três horas de combate.
“O fogo queimou tudo. Não se aproveita nada. Por sorte, não queimou outros carros e minha casa. Chegou a 50 centímetros de um carro estacionado na porta de casa”, conta Tupac Petrillos, que mora no local há 30 anos. Ele diz que foi a primeira vez que houve um incêndio dessa proporção e com tantos estragos.
O homem é colecionador de carros antigos. Ele pretendia usar as peças do automóvel importado, modelo Mercedes 1973, para reformar outro carro. “Agora inviabiliza o projeto de fazer o carro original. A gente não acha peças no mercado nacional”, diz. Moradores registraram os estragos com a câmera do celular.
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No início de março, o Governo do DF decretou estado de emergência ambiental, com a chegada da seca, que deve durar até novembro. A medida exige que os órgãos que integram o Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais do Distrito Federal adotem ações necessárias para reduzir os danos.
O combate aos incêndios em áreas de preservação começou há cerca de um mês. A ação preventiva é feita por meio da técnica chamada de “aceiro mecânico”, quando são utilizados tratores para cortar o mato seco, principalmente nas bordas das unidades de conservação.
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Além disso, o Ibama reforçou a contratação temporária de brigadistas para atuar no período mais crítico da estiagem. A previsão é de que 150 sejam chamados.
O Ibram (Instituto Brasília Ambiental) recomenda ações como a construção de aceiros para impedir que o fogo encontre mais material orgânico para consumir e se espalhar. Outra alternativa são os aceiros verdes, quando plantas mais difíceis de queimar, por reterem muita umidade, são alinhadas.
O órgão orienta ainda que a população deve estar atenta à limpeza dos terrenos, para manter o mato capinado onde for fazer fogueiras ou colocar velas, não descartar bitucas de cigarro na vegetação e que as queimas controladas só sejam feitas com autorização do Ibama.